A história oncológica do doente
DOI:
https://doi.org/10.31877/on.2011.18.03Palavras-chave:
cancro, história oncológica, laços entre as pessoas, família, hospital, radioterapia, enfermagemResumo
A experiência do cancro é particularmente marcada por um itinerário terapêutico denso, programado, de fases do tratamento, atravessando uma diversidade de espaços clínicos e com uma natureza diacrónica. As actuais concepções de humanização em contexto hospitalar enfatizam o significado produtivo dos laços familiares no tratamento e na própria re-conceptualização do meio
hospitalar. Os próprios laços entre as pessoas e as relações de afecto são, na verdade, transformados ao longo da história oncológica.
O principal objectivo deste estudo é a compreensão de como a humanização é constituída através dos laços entre pessoas (sem os quais o carácter humano da humanização não existe) e como estes laços potencializam a eficácia terapêutica, incluindo o modo como a relação com o hospital pode qualificar os próprios laços familiares, numa história oncológica partilhada em que todos os
membros da família têm um papel. Para isso, observou-se a dinâmica das relações de uma família como estudo de caso e concluiu-se que a forma como estes laços são qualificados é que dá sentido à história oncológica e que os laços são a estratégia integrativa mais consistente do doente e da própria família na sua própria história oncológica.
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