Estratégia dos cuidadores informais no domicílio a doentes com cancro do pulmão em fase terminal
DOI:
https://doi.org/10.31877/on.2012.21.02Palavras-chave:
cuidadores informais, doente com cancro do pulmão, estratégias, domicílio, cuidados paliativosResumo
No contexto dos cuidados às pessoas em fim de vida é premente solucionar problemas e adoptar estratégias de resolução das dificuldades e necessidades dos mesmos e dos cuidadores informais.
O presente estudo de carácter descritivo e utilizando o método de estudo de caso teve como alvo os cuidadores que prestaram cuidados a doentes com cancro de pulmão em fase terminal no domicílio. Os resultados indicam um enorme esforço dos cuidadores para ultrapassar todas as situações difíceis, incluindo a morte, contando apenas com ajuda de familiares e amigos, ou recorrendo a serviços de urgência ou ainda, como último recurso, a internamento em hospitais vocacionados para tratar doenças agudas. A amostra foi não probabilística, incluindo os cuidadores dos doentes adultos, que faleceram em 2008, com cancro de pulmão de não pequenas células, metastizado, e que foram submetidos a quimioterapia no Hospital de Dia de Pneumologia de um hospital central, e que concordaram em participar. As respostas dos cuidadores informais constituíram as unidades de análise desta investigação, através dos dados que nos forneceram em quatro entrevistas.
Da análise de conteúdo aplicada às entrevistas emergiram as seguintes categorias:
1. Dificuldades do cuidador.
2. Estratégias de resolução das dificuldades.
3. Consequências de cuidar no cuidador.
4. Sentimentos positivos do cuidador.
5. Sentimentos negativos do cuidador.
6. Percepção dos cuidadores sobre as reacções do doente aos cuidados.
Os resultados obtidos permitem concluir que há um enorme esforço dos cuidadores para ultrapassar o dia-a-dia, levando-os a descobrir e explorar formas de actuação em função das necessidades, contando apenas com a ajuda de familiares, amigos e profissionais, serviços de internamento ou urgências hospitalares, mas sem um serviço estruturado que dê resposta cabal, técnica e humana, transformando o fim de vida em momentos dignos, de alguma paz para o doente e os que o rodeiam.
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