Processo de luto da família do doente oncológico: como intervir

Autores

  • Ana Valeriano Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Universidade de Évora, Évora
  • João Silva Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Évora
  • Mónica Conceição Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Évora
  • Patrícia Paulino Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Évora
  • Rita Isabel Ferreira Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Évora
  • Ana Fonseca Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Évora

Palavras-chave:

“perda”, “pós-morte”, “família”, “oncologia”, “enfermagem”

Resumo

O presente artigo de revisão integrativa da literatura centra-se na intervenção do enfermeiro no processo de luto dos familiares de doentes oncológicos, dando relevância às competências do enfermeiro na comunicação, bem como na terapia de massagem de tecidos moles, abordando também o deficit de formação relativo ao processo de luto.

Objetivos: Caracterizar o processo de luto da família do doente oncológico; identificar a intervenção do enfermeiro no processo de luto da família do doente oncológico.

Metodologia: Para a realização desta revisão integrativa da literatura foram utilizados estudos científicos publicados em bases de dados de referência, entre Janeiro de 2009 e Janeiro de 2015, com critérios de inclusão/exclusão previamente definidos, resultando numa combinação de seis publicações pertinentes para a temática em questão.

Resultados: Não existe um consenso em torno deste tema uma vez que a informação disponível é ainda muito abstrata. No entanto, após esta revisão integrativa, é-nos possível afirmar que, apesar de existirem carências ao nível da formação dos enfermeiros no âmbito da morte e do processo de luto, a sua intervenção é de capital importância, fundamentalmente ao nível da comunicação, bem como de algumas terapias específicas.

Conclusões: As principais conclusões obtidas através da realização desta revisão integrativa da literatura indicam que é fundamental que os enfermeiros adquiram novas competências e que invistam na otimização daquelas que já desenvolveram. Torna-se ainda importante capacitar as famílias para lidar com as situações de perda e luto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbosa, A. (2003). Pensar a morte nos cuidados de Saúde. Análise Social, 38, pág 35-49; Consultado em 24 de Fevereiro de 2015, em

http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1218737559Q5dRD9fa3Zz85OZ8.pdf;

Benkel, I.; Wijk, H.; Molander, U. (2009). Family and friends provide most social support for the bereaved. Palliative Medicine. Vol.23, pp.141-149; (Artigo EBSCO);

Bossoni, R.; Stumm, E.; Hildebrand, L. & Loro, M. (2009). Câncer e morte, um dilema para pacientes e familiares. Revista Contexto e Saúde. Editora Unijuí. Vol.9, n.17, pp.13-21; Consultado em 24 de Fevereiro de 2015, em https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/1455/1211;

Casmarrinha, M. (2008). Familiares do Doente Oncológico em Fim de Vida: dos Sentimentos às Necessidades. Repositório Aberto. Mestrado em Oncologia. Porto. Consultado no dia 27 de Fevereiro de 2015, em

http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/7169/2/TESE%20DE%20MESTRADO%20%20Familiares%20do%20Doente%20Oncolgico%20

em%20fim%20de%20Vida%20dos%20Sentimentos%20s%20Necessidades.pdf;

Cassola, T.; Pires, E.; Torres, R. & Backes, D. (2011). Luto Familiar: O cuidado de Enfermagem diante do Processo de Perda. Revista Contexto e

Saúde. Editora Unijuí. Vol.10, n.20, pp.1077-1082; Consultado em 26 de Fevereiro de 2015, em

https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/view/1735/1438;

Cronfalk, B.; Ternestedt, B.M. & Strang, P. (2010). Soft tissue massage: early intervention for relatives whose family members died in palliative

cancer care. Journal of Clinical Nursing, Vol.19, pp.1040-1048; (Artigo EBSCO);

Estanque, C. M. J. (2011). A prática de cuidar o doente oncológico em fim de vida. Uma abordagem na perspetiva dos enfermeiros. Mestrado em cuidados Paliativos. Universidade de Lisboa. Faculdade de Medicina de Lisboa; Consultado em 22 de Fevereiro de 2015, em http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/5532/1/637911_tese.df;

Fonseca, A.M.L.P & Lopes, M.J. (2011). Experience of care to people with cancer – A student´s perspective of training in nursing. Rev Enferm UFPE on line. mar./abr.; 5(spe):344-53.

Guldin, M.B.; Jensen, A.; Zachariae, R. & Vedsted, P. (2013). Healthcare utilization of bereaved relatives of patients who died from cancer. A

national population-based study. Psycho-Oncology. Vol.22, pp.1152-1158; (Artigo EBSCO);

Ling, S.F.; Chen, L.C.; Li, C.Y.; Chang, W.C.; Shen, W.C.S. & Tang, T. (2013). Trajectory and influencing factors of depressive symptoms in family caregivers before and after the death of terminally ill patients with cancer. Oncology Nursing Society. Vol.40, n.1, pp.32-40; (Artigo EBSCO);

Mendes, K.; Silveira, R. & Galvão, C. (2008). Revisão Integrativa: Método de pesquisa para a incorporação de evidências na Saúde e na

Enfermagem. Texto Contexto Enferm, Florianópolis. Vol. 17, n.4, pp.758-64; Consultado em 2 de Março de 2015, em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072008000400018;

Nunes, P. & Alminhas, S. (2013). Competências para cuidar na vivência da morte do paciente. Onco.News - Investigação e informação em Enfermagem Oncológica. Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa. n.23, pp.35-43; (Artigo da AEOP);

Health topics: Cancer. Organização Mundial de Saúde. (2015). Consultado a 2 de Março de 2015, em

http://www.who.int/topics/cancer/en/;

Pereira, N. & Botelho, M.A.R. (2012). Experiência vivida dos sobreviventes de cancro do cólon e reto após tratamento com intenção curativa: revisão sistemática da literatura. Pensar Enfermagem. Vol.16, n.1. Consultado a 27 de Fevereiro de 2015, em

http://pensarenfermagem.esel.pt/files/PE16-2_Artigo2_31-50.pdf;

Silva, S. C. F. S. (2009). Caracterização dos cuidados de saúde prestados ao doente oncológico em agonia num serviço de Cuidados Paliativos.

Dissertação de Mestrado em oncologia. Instituto de Ciências Biomédicas Abel Baltazar. Universidade do Porto; Consultado em 24 de Fevereiro de 2015, em http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/20572/2/Caracterizao%20dos%20cuidados%20de%20sade%20prestados%20ao%20doente%20oncolgico%20em%20agonia%20num%20servio%20de%20cuidados%20paliativ.pdf

Sousa, D.; Soares, E.; Costa, K.; Pacífico, L. & Parente, A. (2009). A vivência da enfermeira no processo de morte e morrer dos pacientes

oncológicos. Texto Contexto Enferm, Florianópolis. Vol.18, n.1, pp.41-47; Consultado em 24 de Fevereiro de 2015,

em http://www.scielo.br/pdf/tce/v18n1/v18n1a05.

Downloads

Publicado

15-07-2016

Como Citar

1.
Valeriano A, Silva J, Conceição M, Paulino P, Ferreira RI, Fonseca A. Processo de luto da família do doente oncológico: como intervir. Onco.News [Internet]. 15 de Julho de 2016 [citado 21 de Dezembro de 2024];(33):10-9. Disponível em: https://onco.news/index.php/journal/article/view/114

Edição

Secção

Artigos de Investigação