Questionário de avaliação das crenças e representações sociais dos profissionais de saúde face aos opióides fortes

Autores

  • Célia Queirós Centro Hospitalar S. João, Porto
  • Teresa Martins Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto

Palavras-chave:

Crenças e representações sociais, analgésicos opióides

Resumo

O presente estudo, pretendeu construir e validar um instrumento para avaliar crenças e representações sociais dos profissionais de saúde na prescrição e administração de opióides fortes a pessoas com doença incurável, avançada e progressiva.
Recorreu-se a um painel de peritos na área para a construção do instrumento.
A versão experimental foi aplicada a 301 profissionais de saúde (médicos e enfermeiros). A proposta de matriz encontrada através de análise fatorial exploratória identificou 4 componentes, ficando uma dimensão com um item único. O instrumento mostrou ter bons índices de consistência interna avaliada pelo coeficiente alfa de Cronbach. A análise fatorial confirmatória comprovou a existência de 3 dimensões, revelando indicadores de qualidade de ajustamento do modelo à amostra.

Os resultados revelam que a presença de crenças constitui barreiras efetivas à utilização de opióides no controlo sintomático. A formação na área dos cuidados paliativos mostrou ter influência positiva nas crenças e atitudes de resistência na utilização de opióides fortes.

Conclusão: o instrumento em estudo mostrou ter boas propriedades métricas de fidelidade e validade para ser usado na prática clínica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Auret K, Schug S. (2005). Underutilization of opioids in elderly patients with chronic pain: approaches to correcting the problem. Drug Aging, 22, 641-654.

Rhodin A. (2006). The Rise of Opiophobia: is History a barrier to prescribing? Journal of Pain Palliative Care Pharmacotherapy, 20(3),31-32.

DOI: 10.1080/J354v20n03_07

Bernardi M, Gianluca C, Lambert A, Tridello G. Luzzani M. (2007). Knowledge and attitudes about cancer pain management: A national survey of Italian oncology nurses. European Journal of Oncology Nursing, 11, 272-279.

Portenoy RK, Sibirceva U, Smout R, Horn S, Connor S, Blum RH, Spence C, Fine P. (2006). Opioid use and Survival at the end of life: a survey of a hospice population. Journal of Pain Symptom Management, 32, 532-540.

Yun YH, Park SM, Lee K, Chang YJ, Heo DS, Kim SY, Hong YS, Huh BY(205). Predictors of prescription of morphine for severe cancer pain by physicians in Korea. Annals of Oncology, 16,966-971.

Fallon M, Cherny N, Hanks G. Opioid analgesic therapy (2010). In Hanks G, Cherny N, Christakis N, Fallon M [et al.] (Eds.). Oxford textbook of palliative medicine. 4th.ed. Oxford: Oxford University Press. p. 661-662.

Pereira JL. Gestão da dor oncológica (2006). In Barbosa A, Neto IG (Eds.). Manual de Cuidados Paliativos. Lisboa: Faculdade de Medicina de Lisboa. p. 61-113.

Solimando D. (2008). Drug information: Handbook for oncology: a complete guide to combination chemotherapy regimens. 5th ed. Hudson, Ohio: Lexi-comp Editor.

Twycross R, Wilcock A. (2009). Symptom management in advanced cancer. 4th ed. United Kingdom: Palliativebooks.com Ltd.

Cicala, R. (2004). Myths and misconceptions surrounding opioids in pain management. London: Royal Society of Medicine Press Limited.

Smith HS.(2008). Opioid therapy in the 21st century. New York: Oxford University Press.

Kulkamp I, Barbosa C, Bianchini K. (2008). Percepção de profissionais da saúde sobre aspectos relacionados à dor e utilização de opióides: um estudo qualitativo. Ciência & Saúde Coletiva, 13 (sup),721-731.

Murnion B, Gnjidic D, Hilmer S.(2010). Prescription and administration of opioids to hospital In patients, and barriers to effective use. Pain Medicine, 11,58-66.

Streiner D, Norman G.(2008). Health measurement scales. A practical guide to their development and use. 4th ed. New York: Oxford University Press.

Maroco J. (2010). Análises de equações estruturais. Fundamentos teóricos, software & aplicações. Report Number: Pêro Pinheiro.

Roth C, Burgess D. (2008). Changing residents’ beliefs and concerns about treating chronic non cancer pain with opioids: evaluation of a pilot workshop. Pain Medicine; 9(7), 890-902.

Verloo H, Mpinga EK, Ferreira M, Rapin CH, Chastonay P (2010).Morphinofobia: the situation among the general population and health care professionals in north-eastern Portugal. BMC Palliative Care, 9-15.

Wells, M. Dryden H, Guild P, Levack P, Farrer K & Mowat P (2001). The knowledge and attitudes of surgical staff towards the use of opioids in cancer pain management: can the hospital palliative care team make a difference? European Journal of Cancer Care, 10(3), 201-211. doi.org/10.1046/j.1365-2354.2001.00259.x

Oldenmenger, WH, Sillevis Smitt PA, van Dooren S, Stoter G, van der Rijt CC (2009). A systematic review on barriers hindering adequate cancer pain management and interventions to reduce them: A critical appraisal. European Journal of Cancer Care, 45(8),1370-1380. doi:10.1016/j.ejca.2009.01.007

Zerwekh J, Riddell S, Richard J (2002).Fearing to comfort: a grounded theory of constraints to opioid use in hospice care. Journal of Hospice & Palliative nursing, 4(2), 83-90.

Downloads

Publicado

05-09-2015

Como Citar

1.
Queirós C, Martins T. Questionário de avaliação das crenças e representações sociais dos profissionais de saúde face aos opióides fortes. Onco.News [Internet]. 5 de Setembro de 2015 [citado 23 de Dezembro de 2024];(31):20-6. Disponível em: https://onco.news/index.php/journal/article/view/106

Edição

Secção

Artigos de Investigação