Prestador de cuidados: Quais são as suas necessidades?
DOI:
https://doi.org/10.31877/on.2009.09.02Palavras-chave:
Envelhecimento, prestadores de cuidados, dependência funcionalResumo
O envelhecimento da população é uma realidade crescente que não podemos ignorar. O aumento do índice de envelhecimento tem implicações sociais, económicas e politicas e reveste-se de uma maior necessidade de cuidados, usualmente de longa duração.
Estes cuidados são prestados por diferentes actores, mas é a família a entidade cuidadora dos seus membros em processo de transição saúde/doença, processo de transição inerente ao envelhecimento e a assunção do papel de prestador de cuidados.
Neste estudo pretendeu-se conhecer o perfil dos utentes alvo de cuidados, os prestadores de cuidados, suas necessidades e dificuldades inerentes ao do exercício do papel de prestador de cuidados. Pretende-se assim conhecer a dimensão do papel de prestador de cuidados e contribuir para a melhoria dos cuidados prestados por estes, com recurso á entrevista e utilizando escalas especificas (Escala de Barthel, Índice de Lawton & Brodie, Escala de Pfeiffer e o questionário de avaliação de sobrecarga física, emocional e social do cuidador informal.). Estudada uma amostra de 60 indivíduos e seus prestadores de cuidados (33 – rurais; e 27 – Urbanos), verificou-se que os utentes alvos de cuidados são indivíduos de ambos os sexos, a idade mediana é de 80 anos (mínimo de 50 anos e máximo de 96 anos), com elevado grau de dependência para as actividades de vida diária.
O prestador de cuidados é geralmente familiar do utente, do sexo feminino e a idade mediana é de 53 anos (mínimo de 31 anos e máxima de 80 anos), sendo mais jovens e com mais escolaridade no meio urbano. Este estudo identificou que a pressão psicológica dos cuidadores informais é elevada, as dúvidas de como cuidar são frequentes e existe um amplo desconhecimento sobre os direitos e os recursos oficiais disponíveis para apoio dos utentes com necessidade de cuidados. Concluímos que é importante informar e formar o prestador de cuidados bem como organizar o plano de cuidados partilhado entre o cuidado formal e o cuidado informal.
Implicações para a intervenção são apontadas.
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