Papel da equipa de enfermagem na consulta multidisciplinar a doentes com neoplasias mieloproliferativas
Palavras-chave:
Enfermagem, Neoplasia mieloproliferativa, Consulta multidisciplinarResumo
As Neoplasias Mieloproliferativas Cromossoma Philadelphia Negativo (NPM Ph¯) são um grupo de doenças hematológicas crónicas de percurso e evolução heterogénea, tratadas com terapêutica oral e com grande impacto na qualidade de vida dos doentes.
As orientações internacionais recomendam que os doentes submetidos a novos fármacos de tratamentos orais, complexos e de longa duração, sejam seguidos por equipas multidisciplinares que promovam a literacia e capacitação do doente e sua família para uma eficiente gestão e adesão ao regime terapêutico.
Com a tradução e validação para a língua portuguesa de uma ferramenta de auto-avaliação de carga sintomática recomendada por Guidelines Internacionais (MPN-SAF TSS; MPN10) tornou-se possível a integração das intervenções de enfermagem no circuito tradicional do doente com Neoplasia Mieloproliferativa (NMP) na nossa instituição, surgindo assim uma consulta multidisciplinar (médico, farmacêutico e enfermeiro) como medida estratégica na promoção de uma melhor gestão e adesão ao regime terapêutico, pois permitiu abordar os doentes de forma inovadora, com maior humanização na prestação de cuidados hospitalares com as três classes profissionais intervenientes no circuito do doente. Desta forma, a Consulta Multidisciplinar permitiu-nos otimizar a colheita de dados, analisar os conhecimentos e necessidades do doente e capacitá-lo no sentido de desenvolver parcerias de cuidados através de um plano terapêutico integrado e de excelência, centrado no doente.
Temos como finalidade ,com a publicação deste artigo, divulgar a importância do papel do enfermeiro no acompanhamento dos doentes com NPM Ph¯ no contexto de uma consulta multidisciplinar.
Downloads
Referências
Almeida, A., Macedo, A.; Afonso, C., Trindade M. C., Pinto Vaz, C., Montalvão, A. … Guerra, I. (2016). Tradução e validação linguística da ferramenta MPN10 para graduação de sintomas em doentes com Neoplasias Mieloproliferativas em Portugal. Resumo da Reunião Anual da SPH. Espinho. Novembro de 2016. Portugal.
Daniel A. Arber, Attilio Orazi, Robert Hasserjian, J¨urgen Thiele, Michael J. Borowitz, Michelle M. Le Beau,…James W. Vardiman (2016). The 2016 revision to the World Health Organization classification of myeloid neoplasms and acute leukemia. Blood, 19 may 2016, volume 127, number 20.
Mesa R, Jamieson C, Bhatia R, Deininger MW, Gerds AT, Gojo I, … Sundar H. (2016). Myeloproliferative Neoplasms, Version 2.2017, NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology. J Natl Compr Canc Netw. 2016 Dec;14 (12):1572-1611. PubMed PMID: 27956542.
Ordem dos Enfermeiros (2009). Estabelecer parcerias com os indivíduos e famílias para promover a adesão ao tratamento – Catálogo da classificação internacional para a prática de enfermagem (CIPE®). Acedido em 10 julho de 2018, em https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/publicacoes/Documents/CIPE_AdesaoTratamento.pdf
Organização Mundial de Saúde (2003). Adherence to long-term therapies: Evidence for action. Acedido em 10 junho de 2018, em http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/42682/9241545992.pdf?sequence=1.
Pereira, E.; Valério, E.; Caeiro, M.; Ponte, S.; Frias, S.; Rocha, A.; Sanchez, J.; Ricou, C.; Duarte, M. (2018). Guia de apoio para avaliação de sintomalogia em doentes com síndromes mieloproliferativos através da aplicação da escala MPN-10. ON 2018, 36; Junho 2018; On-line
publication: Junho 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2019 Juan Sánchez, Claudia Ricou, Sandra Ponte
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.