A representação social do cancro nos estudantes de enfermagem

Autores

  • Cândida Assunção Santos Pinto Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto
  • Cristina Freitas Carvalho Sousa Pinto Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto
  • Olga Maria de Araújo Cunha Rocha Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto
  • Carla Maria Cerqueira Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto
  • Inês Maria da Cruz Sousa Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto

DOI:

https://doi.org/10.31877/on.2012.19.01

Palavras-chave:

cancro, representação social, estudantes de enfermagem

Resumo

Apesar dos avanços nas ciências médicas nas últimas décadas do século XX terem permitido um maior sucesso no tratamento de doenças oncológicas, o cancro continua no século XXI a ser um dos maiores medos da humanidade. Persistem mitos e preconceitos em relação ao cancro, que se revertem em atitudes negativas, que por sua vez, no caso dos profissionais de saúde, podem condicionar a qualidade de cuidados. Os processos formativos e as estratégias pedagógicas utilizadas podem ser uma forma efectiva de alterar preconceitos e assegurar que as atitudes negativas não comprometem a natureza e a qualidade de cuidados. O objectivo deste trabalho foi estudar as representações sociais sobre o cancro em estudantes de enfermagem. A sua análise permite-nos inferir que maioritariamente os estudantes não expressam uma perspectiva fatalista/pessimista do cancro, e ainda expressam a opinião de que a doença oncológica não se confina à biologia do corpo, pelo que os cuidados devem sustentar-se numa base relacional, apresentando níveis de concordância elevados com a relevância do suporte social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Barbará, A. Sachetti, V. & Crepaldi, M. (2005). Contribuições das representações sociais ao estudo da AIDS. Interação em Psicologia, 9(2), pp. 331-339.

Bézy, O., Jalenques, I. (2007). De la spécificité du cancer et de ses effets psychiques. Annales Médico Psychologiques, 165, pp. 132–135.

Blanco, A., Antequera, R. & Aires, M. (2002). Perception subjectiva del cáncer. In M.R. Dias & E. Durá (Eds). Territórios da Psicologia oncológica. Lisboa. Climepsi Editores, pp. 605-637.

Branco, I. & Pereira, M.A. (2006). Representações do cancro: testemunhos de estudantes de um curso de licenciatura em enfermagem. Revista de Ciências de Saúde de Macau, 6 (1), pp. 13-17.

Chapple A, Ziebland S, McPherson A. (2004). Stigma, shame, and blame experienced by patients with lung cancer: qualitative study. BMJ, 328, 1470-1475, disponivel em http://www.bmj.com/

Cohen, R. et al (1982). Attitudes Towards Cancer II: A Comparative Analysis of Cancer Patients, Medical Students, Medical Residents, Physicians and Cancer Educators. Cancer, 50, pp. 1218- 1223.

Correia, F. (2008). Ecos em fim de vida: representações sociais do doente oncológico em enfermagem. Dissertação de Mestrado em Oncologia, no ICBAS- Universidade do Porto.

Corner, J. (1993). The impact of nurses’ encounters with cancer on their attitudes towards the disease. Journal of Clinical Nursing, 2, pp. 363- 372.

Dany, L., Dudoit, É. & Favre,R. (2008). Analyse des representations socials du cancer et de la souffrance. Psycho-Oncologie, 2, pp. 53-58.

Duarte, M.D. (2000). A representação do cancro nos enfermeiros. Revista Enfermagem, 2 (11), pp. 36-44.

Ferreira, S. & Brum, J. (2000) As representações sociais e suas contribuições no campo da saúde. Revista Gaúcha Enfermagem, 20, pp. 5-14.

Flanagan, J.& Holmes, S. (2000) Social perceptions of cancer and their impacts: implications for nursing practice arising from the literature. Journal of Advanced Nursing, 32 (3), pp. 740-749.

Guex, p. (2009). Représentations institutionneles du cancer. Psycho-Oncologie, 3, pp. 43-46.

Holland, J:C; Gooden-Piels, J. (2000). Principles of psycho-oncology. In R. C. Bast, et al (Edt). Cancer Medicine. B.C. Decker. Ontario. Disponível em www.BCDecker.com.

Kearney, N. et al (2003) Oncology health care professionals’ attitudes to cancer: a professional concern. Annals of Oncology, 14, p.57–61.

Lebovits, et al (1984). Attitudes towards cancer. Development of the cancer attitudes questionnaire. Cancer, 54, pp. 1124-1129.

Martins, A. & Silva Y. (2002). Doenças oncológicas e representações sociais. Referência, 9, pp. 11-24.

McCaughan, E. Parahoo, K. (2000). Attitudes to cancer of medical and surgical nurses in a district general hospital European Journal of Oncology Nursing, 4 (3), pp. 162-170.

Miller, M., Kearney, N. Smith,K.(2000) Measurement of cancer attitudes: a review. European Journal of Oncology Nursing, 4 (4), pp. 233-245.

Moulin, P. (2005) Imaginaire social et Cancer. Revue Francophone de Psycho-Oncologie, 4, pp. 261-267.

Penson, et al (2004). Cancer as Metaphor. The Oncologist, 9, pp. 708-716.

Powe, B.D., & Finnie, R. (2003). Cancer Fatalism. The state of science. Cancer Nursing, 26 (6), pp. 454-467.

Rey, F.L. (2006) As representações sociais como produção subjetiva: seu impacto na hipertensão e no câncer. Psicologia: Teoria e Prática, 8 (2), pp. 69-85.

Schwartz, C.L. (2003). Health status of childhood cancer survivors. Cure is more than the eradication of cancer. Journal of the American Medical Association, 290 (12), pp. 1641-1643.

Stagno, D. (2009). Représentations sociales et représentations intimes de la maladie. Quelques réflexions dùn clinician. Psycho-Oncologie, 3, pp. 38-42.

Weaver, A.J., Flannelly, K. J. (2004). The role of religion/ spirituality for cancer patients and their caregivers. Southern Medical Journal, 97 (12), pp. 1210-1214.

Wilson K. & Luker KA. (2006). At home in hospital? Interaction and stigma in people affected by cancer. Social Science & Medicine, 62 (7), pp. 1616-27.

Downloads

Publicado

15-11-2012

Como Citar

1.
Assunção Santos Pinto C, Freitas Carvalho Sousa Pinto C, Maria de Araújo Cunha Rocha O, Maria Cerqueira C, Maria da Cruz Sousa I. A representação social do cancro nos estudantes de enfermagem. journal [Internet]. 15 de Novembro de 2012 [citado 16 de Maio de 2024];(19):9-16. Disponível em: https://onco.news/index.php/journal/article/view/190

Edição

Secção

Artigos de Investigação