A síndrome de burnout em profissionais de enfermagem em unidades críticas

Autores

  • Nuno Matos Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, Amadora Sintra
  • Luís Rocha Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, Cascais
  • Carlos Varandas Unidade de Cuidados Continuados de Portel, Évora
  • Sílvia Rosado Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, Amadora Sintra
  • David D’Oliveira Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, Sintra
  • Rita Santos Santa Casa da Misericórdia de Alcaçovas
  • Ana Fonseca Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Universidade de Évora, Évora
  • Ana Frias Escola Superior de Enfermagem São João de Deus, Universidade de Évora, Évora

Palavras-chave:

Burnout, Enfermagem, Cuidados Intensivos, Urgência, Oncologia

Resumo

A Enfermagem, como profissão de alto desgaste físico e psicológico, tem levado alguns autores a relacionar as condições do trabalho com os altos níveis de stress. Devido à exigência da profissão, os enfermeiros estão diariamente sujeitos a situações complexas, como o envolvimento racional/emocional com os utentes, acarretando grandes níveis de responsabilidade. Assim, torna-se pertinente considerar o risco potencial dos enfermeiros de unidades críticas desenvolverem a síndrome de burnout. O objetivo desta revisão de literatura surge no sentido de ampliar o conhecimento e compreender mais detalhadamente os fatores de risco, consequências e estratégias de coping relacionadas com esta síndrome. Entre 20,8% a 31% dos profissionais de unidades críticas são alvo do burnout, o que a torna uma situação emergente. Alguns profissionais têm níveis de exigência sobre si e de controlo sobre uma situação que não corresponde à real, estas situações ocorrem onde mais existem situações limite, como nas unidades de cuidados intensivos, urgência e oncologia, que favorecem o stress intenso contínuo. A qualidade dos cuidados nos profissionais com burnout não fica assegurada, tornando-se fundamental que as organizações e o próprio indivíduo intervenham de forma a preveni-la e/ou minimizá-la, através de estratégias da própria organização e de estratégias de coping do próprio indivíduo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Avellar, L., Iglesias A. & Valverde, P. (2007, set-dez). Sofrimento Psíquico em Trabalhadores de Enfermagem de uma Unidade de

Oncologia. Psicologia em Estudo. Maringá, 12(3), p.475.

Cogollo-Milanés, Z., Batista, E., Cantillo, C., Jaramillo, A., Rodelo, D. & Meriño, G. (2010, abril) Desgaste profesional y fatores asociados en personal de enfermería de servicios de urgências de Cartagena, Colombia. AQUICHAN. Chía, 10(1), p.43.

Cumbe, V. (2010). Síndrome de Burnout em Médicos e Enfermeiros Cuidadores de Pacientes com Doenças Neoplásicas em Serviços de Oncologia. Dissertação de Mestrado em Psiquiatria e Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Porto.

Duarte, A., Nunes, S. & Oliveira, A. (2013). Prevalência da Síndrome de Burnout em Enfermeiros atuantes em UTI. Psicologia.pt – O portal dos

Psicólogos.

França, S. Martinho, M., Aniceto, E. & Silva, L. (2012). Preditores da Síndrome de Burnout em enfermeiros de serviços de urgência préhospitalar. Ata Paul Enferm. São Paulo, 25(1), p.67.

Galindo, R., Feliciano, K., Lima, R. & Souza, A. (2012). Síndrome de Burnout entre enfermeiros de um hospital geral da cidade do Recife. Rev Esc Enferm. São Paulo, 46(2), p.420.

Gomes, S., Santos, M. & Carolino, E. (2013, nov-dez). Riscos psicossociais no trabalho: estresse e estratégias de coping em enfermeiros em oncologia. Rev Latino-Am Enfermagem. São Paulo, 21(6), p-1282.

Jodas, A. & Haddad, M. (2009). Síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem de um pronto de socorro de hospital universitário. “Ata Paul Enferm”. Londrina, 22(2), p.192.

Kendal, E., Murphy, P., O’neill, V. & Bursnall, S. (2000). Occupational Stress: Factors that Contribute to its Occurence na Effective Management. WorkCover Western Australia. Griffith.

Kompier, M. & Kristensem, T. (2003). As intervenções em estresse organizacional: considerações teóricas, metodológicas e práticas. Cadernos de Psicologia Social no Trabalho. São Paulo, 6, p.37.

Magalhães, G., Moura, R. & Valença, M. (2010, maio-jun). Síndrome de Burnout em Trabalhadores de Enfermagem nas Unidades de Terapia Intensiva em um Hospital Universitário. Rev Enferm UFPE. Pernambuco, 4(esp), p.1323.

Magnabosco, G., Goulart, C., Haddad, M., Vannuchi, M. & Dalmas, J. (2009, out-dez). Síndrome de Burnout em trabalhadores de um Hospital Público de Média Complexidade. REME – Rev Min Enferm. Minas Gerais, 13(4), p.506.

Pacheco, J. (2005). Burnout e Estilos de Vida em Profissionais de Saúde. Dissertação de Doutoramento da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve. Faro.

Pafaro, R. & Martino, M. (2004). Estudo do estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de

Campinas. “Rev Esc Enferm USP”. São Paulo, 38(2), p.152.

Panunto, M. & Guirardello, E. (2013, maio-jun). Ambiente da prática profissional e exaustão emocional entre enfermeiros de terapia intensiva. Rev Latino-Am Enfermagem. São Paulo, 21(3), p.1.

Patrão, C. (2012). Burnout nos Enfermeiros de Cuidados Paliativos. Dissertação de Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica do Instituto

Politécnico da Escola Superior de Saúde de Viseu. Viseu.

Rebelo, F. (2011). Burnout em Oncologia: A síndrome de Burnout vivenciado por enfermeiros que trabalham numa unidade de administração de quimioterapia de um instituto oncológico. Dissertação de Mestrado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa. Lisboa.

Ribeiro, H. & Pires, J. (2004). As Implicações do Stress e do Burnout nos Profissionais de Saúde. Revista de Saúde Amato Lusitano. Castelo Branco, 18, p.15.

Schmidt, D., Paladini, M., Biato, C., Pais, J. & Oliveira, A. (2013, jan-fev). Qualidade de vida no trabalho e burnout em trabalhadores de enfermagem de Unidade de Terapia Intensiva. Rev Bras Enferm. Brasília, 66.1, p.13.

Teixeira, C., Ribeiro, O., Fonseca, A. & Carvalho, A. (2013, October) Burnout in Intensive Care Units – a consideration of the possible prevalence and prequency of new risk factos: a descriptive correlational multicentre study. BMC Anesthesiology. London, p.13.

Downloads

Publicado

03-07-2015

Como Citar

1.
Matos N, Rocha L, Varandas C, Rosado S, D’Oliveira D, Santos R, et al. A síndrome de burnout em profissionais de enfermagem em unidades críticas. Onco.News [Internet]. 3 de Julho de 2015 [citado 23 de Dezembro de 2024];(30):8-15. Disponível em: https://onco.news/index.php/journal/article/view/116

Edição

Secção

Artigos de Revisão

Artigos Similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Também poderá iniciar uma pesquisa avançada de similaridade para este artigo.