Permeabilidade do cateter venoso central totalmente implantado : revisão de literatura

Autores

  • Diana Ramada Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, EPE – Porto
  • Fábio Coelho Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
  • Denise Guilherme Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira
  • Paulo Marques Escola Superior de Enfermagem do Porto, Porto

Palavras-chave:

Heparina, Cloreto de sódio, Permeabilidade, Cateter totalmente implantado

Resumo

O cateter venoso central totalmente implantado (CVCTI) é um dispositivo de acesso venoso central que se tornou um recurso essencial, pois aumenta as opções disponíveis para a terapêutica endovenosa. O seu manuseamento não está isento de complicações e existem muitas controvérsias sobre a solução mais adequada para manter a sua permeabilidade.

Neste contexto, pretendeu-se determinar a efetividade da solução de heparina em comparação com o cloreto de sódio 0,9% na permeabilidade do CVCTI em adultos com doença oncológica.

Foi realizada uma revisão da literatura, recorrendo às bases de dados online Tripdatabase, EbscoHost (CINAHL Complete e MEDLINE), PubMed, Nursing Reference Center e Scientific Research, entre 26 de setembro e 20 de outubro de 2016, tendo sido selecionados quatro artigos para análise.

Os estudos sugerem que não há diferença de eficácia entre a solução de heparina e o cloreto de sódio 0,9%, na permeabilidade do CVCTI. Ainda existe pouca evidência nesta área, pelo que a realização de estudos e de ensaios clínicos randomizados é recomendada e necessária.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Baram, A., Majeed, G., Abdullah, H., & Subhi, A. (2014). Heparin versus Saline Solution for Locking of Totally Implantable Venous Access Port (TIVAP): Cohort Study of the First Kurdistan Series of TIVAP. Advances in Lung Cancer, 3, pp. 67-74.

Bertoglio, S., Solari, N., Meszaros, P., Vassallo, F., Bonvento, M., Pastorino, S., & Bruzzi, P. (2012). Heparinized Saline Solution for Locking Catheters of Totally Implantable Long-Term Central Vascular Access Devices in Adult Cancer Patients. Cancer nursing, 35(4).

Craig, J. V., & Smyth, R. L. (2004). Prática baseada na evidência: manual para enfermeiros. Loures: Lusociência.

Encarnação, R. M., & Marques, P. (2013). Permeabilidade do cateter venoso central: uma revisão sistemática da literatura. Revista de Enfermagem Referência, II Série (9), pp. 161-169.

Girda, E., Phaeton, R., Goldberg, G. L., & Kuo, D. (2013). Extending the interval for port-a-cath maintenance. Modern Chemotherapy, 2(2), pp. 15-18.

Goossens, G. A., Jérôme, M., Janssens, C., Peetermans, W. E., Fiuws, S., Moons, P., Stas, M. (2013). Comparing normal saline versus diluted heparin to lock non-valved totally implantable venous access devices in cancer patients: a randomised, non-inferiority, open trial. Annals of

Oncology, pp. 1-8.

Heering, H. (2016). Implanted Venous Access Port: Caring for the Patient with – an Overview. (D. Pravikoff, Ed.) Cinahl Information Systems.

JBI (2013). New JBI Levels of Evidence. Joanna Briggs Institute.

JBI (2016). Critical Appraisal Tools. Joanna briggs Institute.

Martinez, J.M., Santo, A.E., Godinho, A., Azevedo, A., Felix, A., Chacim, S., Ramada, D., Mariz, J.M., Medeiros, R. (2018). Acute Leukemia Patients: A CLABSI Risk Special Population. Annals of Hematoogy &l Oncology, 5(2): 1192.

Martins, F. T., & Carvalho, E. C. (2008). Patients’ perception regarding the use of a long-term catheter. Rev Esc Enferm USP, 42(3), pp. 518-523.

Mitchell, M. D., Anderson, B. J., Williams, K., & Umscheid, C. A. (2009). Heparin flushing and other interventions to maintain patency of central venous catheters: a systematic review. Journal of advanced nursing, 65(10), 2007-2021.

Molin, A. D., Clerico, M., Baccini, M., Guerretta, L., Sartorello, B., & Rasero, L. (2015). Normal saline versus heparin solution to lock totally implanted venous access devices: Results from a multicenter randomized trial. European Journal of Oncology Nursing(19), pp. 638-643.

Molin, A. D., Rasero, L., Guerretta, L., Perfetti, E., & Clerico, M. (2011). The late complications of totally implantable central venous access ports: The results from an Italian multicenter prospective observation study. European Journal of Oncology Nursing, 15, pp. 377-381.

Niederhuber, J., Ensminger, W., Gyves, J., Liepman, M., Doan, K., & Cozzi, E. (1982). Totally implanted venous and arterial access system to replace external catheters in cancer treatment. Surgery, 92(4), pp. 706-712.

O’Grady, N.P., Alexander, M., Burns, L.A., Dellinger E.P., Garland, J., et al. (2011). Guidelines for the prevention of intravascular catheter related infections. Clinical Infection Disease. 52(9)

Rihn, T. (2001). Fibrinolytic therapy in central venous catheter occlusion. J Intraven Nurs, 24(3), pp. 9-12.

RNAO (2008). Care and Maintenance to Reduce Vascular Access Complications. (RNAO, Ed.) Toronto.

Santos, C. M., Pimenta, C. A., & Nobre, M. R. (maiojunho de 2007). A estratégia PICO para a construção da pergunta de pesquisa e busca de evidências. Rev Latino-am Enfermagem, 15(3).

Schiffer, C. A., Mangu, P. B., Wade, J. C., Camp-Sorrell, D., Cope, D. G., El-Rayes, B. F., Levine, M. (2013). Central venous catheter care for the patient with cancer: American Society of Clinical Oncology Clinical Practice Guideline. Journal of Clinical Oncology, 31(10), pp. 1357-1370.

Vasques, C. I., Reis, P. E., & Carvalho, E. C. (2008). Manejo do cateter venoso central totalmente implantado em pacientes oncológicos: revisão integrativa. Acta Paul Enferm, 22(5), pp. 696-7.

Downloads

Publicado

12-12-2018

Como Citar

1.
Ramada D, Coelho F, Guilherme D, Marques P. Permeabilidade do cateter venoso central totalmente implantado : revisão de literatura. Onco.News [Internet]. 12 de Dezembro de 2018 [citado 23 de Dezembro de 2024];(37):20-9. Disponível em: https://onco.news/index.php/journal/article/view/53

Edição

Secção

Artigos de Investigação